NEGOCIAÇÃO:
Policiais civis do Amazonas ameaçam, há quase dez dias, uma paralisação das atividades até que o Governo do Estado atenda as demandas da categoria, como reestruturação de cargos. Liderada pelo Sindicato de Funcionários da Policia Civil do Amazonas (Sinpol), a categoria deve se reunir na noite desta terça (3), em assembleia geral, para avaliar a situação. Além da expectativa da presença de mais de 400 policiais, o grupo estende convite ao governador Amazonino Mendes para que haja negociação direta da classe.
O encontro acontece às 19h na sede do Sinpol, localizada no bairro Aleixo, na Zona Centro-Sul. Antes disso, o grupo aguarda uma reunião com o vice-governador e secretário de Segurança Pública do Amazonas, Bosco Saraiva, que hoje anunciou saída do cargo. "Ontem (2) tivemos uma reunião com o Bosco Saraiva e ficou programado para que hoje ele entregue um estudo sobre a viabilidade de atender nossas demandas. A conversa deve ser pela parte da tarde. Ainda assim, teremos nossa assembleia geral para discutir a situação e fazemos o convite ao governador para que participe do encontro", disse o presidente do Sinpol, Moacir Maia.
O estudo aguardado pelo sindicato é uma proposta de viabilidade para reestruturação da Gratificação de Exercício Policial (GEP) para investigadores e escrivões. A categoria, que anunciou indicativo de greve no último 26 de março se aproxima da data de possível deflagração. Segundo o regulamento do própio sindicato, há um aviso prévio de dez dias antes que se instaure uma paralisação. Com isso, o prazo fica para quinta-feira (5).
De acordo com Moacir, a greve ainda é uma possibilidade caso os lados não entrem em acordo. "Nós aguardamos essa conversa com o Bosco Saraiva e uma conversa com o governador. A greve ainda é uma realidade, e isso também será discutido na nossa assembleia. Nada está descartado até que cheguemos a um consenso", completou o presidente do Sinpol.
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